Contos, fatos ou apenas opiniões degustadas em copos de boteco, repousadas em bancos de coletivos e amassadas em meio a multidões. Aqui se fala de amor, se fala de horror e se fala da verdade nua e crua censurada a quem vê, mas não enxerga, cozida a fogo brando, temperada a ferro e brasa. Forjada pelo martelo de um juíz de si mesmo que contempla o processo eterno da vida. Sem intimar testemunhas, sem punir os réus, numa prisão domiciliar da pequena cela em sua mente...
sexta-feira, 1 de maio de 2009
O senhor de suas verdades
Conheço suas omissões. Posso vê-las mesmo sem adentrar em sua alma pela porta da frente, esses olhos baixos como de criança que acabara de mentir. Elas refletem sobre a mesa que junta suas mãos desamparadas, mesmo vendo inversamente, compreendo cada tentativa de se mostrar orgulhosa de si mesma. Mas não me esforço pra virar as costas e olhar pra trás e vê-la, perdida em seus pensamentos, em que acabara de ouvir meia-dúzia de suas verdades. Daquilo que renega, mas que deseja e te faz livre como como um pássaro que carrega a menta no bico... A verdade em sua boca, deixando seu rastro de felicidade. Mas prefere a se conter em seus valores que na verdade deve aos outros. Que jogam no mesmo time de aparências intocáveis, e razões absolutas, mas que quando são postas ao travesseiro, admirando o teto de seus quartos, veêm o quanto são infelizes a troco de viver em harmonia com a ética da máfia dos seres publicamente sociais. E assim perdem o que a vida tem de melhor, e enterram consigo em seus jazigos, seus valores conquistados com mentiras que apodrecem mais rápido que seus corpos na terra mais fria que seu coração, quando se negou a me amar como te amei.
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