Contos, fatos ou apenas opiniões degustadas em copos de boteco, repousadas em bancos de coletivos e amassadas em meio a multidões. Aqui se fala de amor, se fala de horror e se fala da verdade nua e crua censurada a quem vê, mas não enxerga, cozida a fogo brando, temperada a ferro e brasa. Forjada pelo martelo de um juíz de si mesmo que contempla o processo eterno da vida. Sem intimar testemunhas, sem punir os réus, numa prisão domiciliar da pequena cela em sua mente...
sábado, 18 de julho de 2009
Não contém glúten
Quando se trabalha pela madrugada, os contatos sociais são escassos. Por isso faço amigos invisíveis, recebo visitas espirituais e jogo “resta um” (Quem se lembra dessa beleza?). Além de todo esse ritual, você fica mais perspicaz também. Tudo que vê, lê. Tudo que cheira bem, inala, tudo que parece gostoso come, você vira um cão vira-latas, quase que literalmente. A grande diferença é que na Barra da Tijuca, é que em vez de cheirar as cachorras antes de cruzar, deve-se fazer elas cheirarem sua carteira. Se tiver um safári de onças pintadas e um American Express, você está dentro. Mas voltando ao assunto, almoçando às 2:30 da manhã, me divertia furtivamente lendo embalagens de produtos comestíveis, quando notei que a maioria continha em seus rodapés, uma mensagem clara, com direito a Caps Lock e tudo: “NÃO CONTÉM GLÚTEN”. Achei ela interessante e pro fabricante se dar ao luxo de destacar assim, é porque glúten deve ser o demônio mesmo! Tal feito mudou minha vida, e hoje sou mais seletivo no que como. Antes de me preocupar com camisinha, pergunto a mulher se ela contém glúten.
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