segunda-feira, 2 de maio de 2011

Doce e imunda inocência

Sarinha catou as moedas em seu bolsinho, contou-as uma a uma e despejou sobre a mão áspera de sr. Haroldo. Ficou por um minuto decidindo se levaria o pirulito de cereja ou de uva até que escolheu o primeiro, desembrulhou-o e o enfiou na boca olhando de soslaio para Sr. Haroldo e sorrindo em seguida. Ao sair, empinou sua pequena bunda e ainda olhou pra trás dando um novo sorriso, que inspirava algo entre inocência e subjetiva feminilidade de uma puta. Sr. Haroldo, desconcertado, ergueu a mão vagarosamente simulando um “tchau”, boquiaberto com a sensualidade daquela menina que aparentava ter seus oito ou nove anos. Sr. Haroldo começou a suar frio. Sentia-se culpado, mas o calor que subira em suas calças o fez fechar as portas do comércio e correr para o banheiro. E lá foi onde se masturbou tristemente com a imagem da menina lambendo seu pirulito.


“ – Por que você tem que ser assim com essa idade meninaaaaaaaa!!!??? Arrrrgh!!!


(Ejaculação)

2 comentários:

  1. Complexo de culpa no subeterrâneo jocoso da alma humana. Sade se orgulharia do senhor.

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  2. "subjetiva feminilidade de uma puta"

    Isso foi um vômito (eu costumo dizer). E um belo de um vômito.

    ^^

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