segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A morte de uma amizade

Shakespeare dizia que melhor que fazer novas amizades é manter os velhos amigos. Genial, de fato. De passagem, ele fez muitos amigos depois que se fora. Quem sabe tenha mantido enquanto vivo. Eu, de passagem, não...
Quando adolescente, acreditava que tudo seria o sempre, até o dia de minha morte - talvez. Mas o tempo, além de trazer minha glória, minha felicidade, me tomou o que um dia parecia infinito: Minhas antigas amizades. Há quem fora levado pela morte, pela distância necessária, pelo sucesso profissional, de cada um. Mas de todas as perdas, o tempo foi o maior ladrão. Como a maresia corroe o aço que ancora o barco à beira-mar. Porém, desta vez, a onda não traz de volta.
O tempo, meu caro, não adverte. Um dia você estará sentado, tomando uma cerveja, jogando conversa fora. Quando perceber, ao seu lado estará um estranho. Não mais com quem você dividia seus problemas e seus momentos felizes. E sim, meu caro, alguém que não te faz bem, nem te faz diferença. Só mais um... Apenas um estranho. Nada mais...
Eis a morte de uma amizade...

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